Defesa Civil alinha ações preventivas na Praia do Saco com prefeitura de Estância

O Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Depec/Seidh) se reuniu na manhã desta quarta-feira, 14, com o prefeito de Estância, Gilson Andrade, para discutir ações de prevenção a desastres, em razão do avanço do mar na região da Praia do Saco.

 

De acordo com o Major Queiroz, a partir da decretação de situação de emergência no município, o Estado deverá homologar e, posteriormente, buscar o reconhecimento federal. “Iremos encaminhar toda a documentação necessária, buscando o reconhecimento federal da situação de emergência por erosão costeira ou marinha no local, para que possamos, a partir de então, conseguir recursos para realizar obras de contenção do avanço do mar na região”, pontuou o Major.

 

O prefeito de Estância expôs sua preocupação, considerando que além da igreja secular cuja preservação está sendo alvo de discussões entre diversos órgãos, a região possui uma enormidade de estabelecimentos comerciais, além de casas de veranistas e nativos. “Há residências adquiridas ali há 40, 50 anos; pessoas cujos pais e avós nasceram ali; e pessoas que durante toda uma vida vêm sobrevivendo de atividades comerciais naquela região. Por isso, ficamos felizes com a iniciativa da Defesa Civil, que está pensando grande, considerando a importância turística, econômica e patrimonial do local. Não queremos que essas propriedades precisem ser demolidas”, disse Gilson Andrade.

 

Para o engenheiro da Defesa Civil, José Roberto Santos, a obra estruturante é uma alternativa importante, considerando a quantidade de pessoas envolvidas e ocorrências em outros locais que demonstram que o avanço do mar pode ser transitório. “É bastante possível que, com o tempo, o mar possa recuar. Foi o que aconteceu, por exemplo, na área de eventos da orla, onde o mar avançou, destruiu uma parte da estrutura e já recuou cerca de 200 m”, pontuou.

 

O Major Queiroz pontuou, ainda, que nesta sexta e sábado, a Defesa Civil realizará uma capacitação voltada para a captação de recursos federais para obras preventivas, que servirá para auxiliar nesse processo. “A gente utiliza recursos do Governo Federal para obras de respostas, no entanto, aproximadamente 70% dos recursos para obras de prevenção não são utilizados pela Secretaria Nacional por falta de projetos. Então, quando a situação de emergência for reconhecida, com certeza teremos condição de conseguir o recurso para fazer estudos e restabelecer a normalidade na região afetada”, disse.

 

Segundo o secretário de Estado da Inclusão Social, José Carlos Felizola, a atuação da Defesa Civil é imprescindível no local, para que a integridade da população seja resguardada. “A intervenção tanto da Defesa Civil Estadual quanto da Municipal é determinante para que a situação seja contornada de modo a preservar a segurança dos moradores e turistas que frequentam o local. Eles são treinados e preparados para isso, seguindo protocolos bem definidos e alinhados nacionalmente”.

 

A legislação respalda a Defesa Civil para atuar em locais com risco de desastres. A lei 12.608/2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, prevê, em seu art. 2º, que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre. No § 2º, especifica: “a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoção das medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco”.

Defesa Civil encerra capacitação com municípios e realiza visita a áreas de risco.

Foi encerrado na manhã desta quinta-feira, 15, o curso de Gestão de Riscos e Plano de Contingência promovido pelo Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec), na sede da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seidh). No último dia de aula, os coordenadores de Defesa Civil de diversos municípios de Sergipe receberam o certificado pela capacitação que começou na última segunda-feira, 12.

 

Para além das aulas teóricas, o curso incluiu visitas técnicas em áreas de risco na Cidade Nova e no Bairro América. Para o Coordenador da Defesa Civil de Nossa Senhora do Socorro, Emerson Campos, foi um momento enriquecedor. “A visita de campo nos mostrou, in loco, a verdadeira situação das casas, praticamente ‘penduradas’ no morro. Vimos ali os possíveis riscos para aquela população durante o período chuvoso, como desabamento e deslizamentos de terra”, narrou.

 

Quem comandou as aulas da capacitação foi a chefe de Divisão Articulada e Preparação da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Maria Cristina Dantas, que fez uma avaliação positiva do envolvimento dos municípios. “Abordamos dois temas importantes, noções básicas e a política nacional de Proteção e Defesa Civil, assim como as diretrizes, atribuições e competências dos três níveis de governo: União, Estado e Município. Tivemos trinta municípios representados aqui. Essa presença dos municípios reflete um comprometimento e uma vontade muito grande de todos os envolvidos”, explicou.

 

Para ela, é importante que, cada vez mais, os gestores municipais tenham consciência de suas obrigações relacionadas à segurança da comunidade quando a questão envolve resposta e prevenção a desastres. “A Defesa Civil protege os munícipes e é competência do gestor local instaurar políticas em seu território, ter um órgão que coordene todas as demais secretarias que atuam na Proteção e Defesa Civil, ter um planejamento para ações de respostas e prevenção, dentre outras responsabilidades”, disse.

 

O major Queiroz agradeceu a presença de todos em nome da Defesa Civil Estadual e falou sobre como a capacitação vai melhorar o trabalho dos órgãos em todo o estado. “É importante que todos entendam bem os conceitos e os procedimentos para proteger a população, e esse trabalho começa no município, que precisa estar em sintonia com o Estado e a União, inclusive para a liberação de recursos”, destacou.

Defesas Civis de Sergipe e Alagoas alinham trabalho de prevenção para a quadra chuvosa

A Defesa Civil do Estado de Sergipe recebeu na manhã desta terça-feira, 27, representantes da Defesa Civil de Alagoas, na primeira reunião de intercâmbio técnico entre os dois estados. Além dos coordenadores e técnicos, também esteve presente o consultor e engenheiro, Sebastião Andrelino, que apresentou conceitos, técnicas e casos relacionados a riscos tecnológicos. Outro tema pautado foram os trabalhos de prevenção e resposta de cada estado para a quadra chuvosa que se aproxima.

A reunião aconteceu na sede da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seidh), onde o coordenador estadual de Defesa Civil, Cel. Alexandre José, apresentou o trabalho do órgão sergipano e tirou dúvidas sobre o funcionamento da Defesa do estado vizinho. “O principal motivo dessa reunião foi a chegada da quadra chuvosa, a ser iniciada em abril, que traz previsão de chuvas acima da média. Com esse encontro, ampliamos nosso entendimento e preparo para agir, quando necessário”, explicou.

O Coronel Moisés, coordenador da Defesa Civil alagoana, também destacou a importância do intercâmbio de preparação para a quadra chuvosa. “Sergipe e Alagoas têm o mesmo período chuvoso. Essa interação é importante porque, além de trocar conhecimentos e técnicas, vamos poder contribuir para que a população fique cada vez mais segura. Esperamos poder ampliar essa interação com os demais estados nordestinos, para alinhar e aprimorar cada vez esse trabalho”, comentou.

Já o consultor Sebastião Andrelino falou sobre os mecanismos de prevenção e análise de riscos para unidades industriais. “Conversamos sobre como os dois estados podem gerenciar esses riscos tecnológicos, acidentes que podem acontecer em locais que manuseiam, armazenam ou produzem produtos químicos perigosos, tóxicos e inflamáveis. Isso é estudado caso a caso, com base em cálculos de engenharia e modelagem matemática. Tanto a empresa quanto o Estado e a comunidade têm que trabalhar juntos na prevenção de desastres e, caso aconteça, também na resposta”, explicou.

Última atualização: 28 de novembro de 2018 12:21.

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